Os versos da noite, de insone contemplação,
conversejam com esses cânticos,
que passarinhos em sonolência alvoroçada
gorjeiam à em breve manhã;
(ambos sob o escuro céu que reluta em despedir-se das estrelas,
imanados em gravidade)
em seu íntimo transe, os grilos
- bons companheiros de noitadas -
apenas cri-criem.
Ora, quiçá o sossego tanto das noites enfim
seja somente o avesso em devoção:
sonhos - pra lá foram enlevados todos,
por lá que ora vagueiam ao longe;
(alto, o céu boceja delongadamente do escuro que se abre
à claridade inda preguiçosa)
e a quietude é tanta, ingênua,
que deve surpreender-se
com toda a manhã que sucede.