eis-me aqui;
estou nu,
estou com as nádegas para fora.
não há que me escute
me leia;
brilho puro
(como a necessidade do dia).
brilho de dia para escurecer à noite
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
colagens
ainá, o mundo é grande
você nem imagina...
por detrás da montanha
o vento assobia uma melodia triste, de chuva;
não é mau presságio,
calma,
a rotação universal ainda não perdeu o ritmo...
encosta o teu coração no surdo da terra
para ouvir pulsar
essa imensidão brasileira
que os rios da América hão de lavar
e se puder me leva
esse gostinho de proibido, de morar bem longe, pra nunca mais...
e aí depois voltar à quentura
o abafado da gente minha e do meu lugar
pisar de novo a estrada de terra, e olhar pro céu, e ter enfim motivo, ainá
pra chorar.
mas o choro, não é mau presságio não
te juro,
é uma ponte que segura dois risos
você nem imagina...
por detrás da montanha
o vento assobia uma melodia triste, de chuva;
não é mau presságio,
calma,
a rotação universal ainda não perdeu o ritmo...
encosta o teu coração no surdo da terra
para ouvir pulsar
essa imensidão brasileira
que os rios da América hão de lavar
e se puder me leva
esse gostinho de proibido, de morar bem longe, pra nunca mais...
e aí depois voltar à quentura
o abafado da gente minha e do meu lugar
pisar de novo a estrada de terra, e olhar pro céu, e ter enfim motivo, ainá
pra chorar.
mas o choro, não é mau presságio não
te juro,
é uma ponte que segura dois risos
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
di repente
di repente ficou chato o mundo
fiquei mudo
vou colocar meus óculos escuros
(ah, eu sou tão blazé, eu sou tão blazé...)
nem imagina
o que por detrás
dessas vistas vermelhas
se me assemelha:
uma persiana, uma gôndola
em Veneza uma noite escura e fria
eu te ofereceria um casaco, talvez
tivéssemos uma garrafa de vinho
e acho que a lua nova não poderia ter mais motivos para sorrir.
fiquei mudo
vou colocar meus óculos escuros
(ah, eu sou tão blazé, eu sou tão blazé...)
nem imagina
o que por detrás
dessas vistas vermelhas
se me assemelha:
uma persiana, uma gôndola
em Veneza uma noite escura e fria
eu te ofereceria um casaco, talvez
tivéssemos uma garrafa de vinho
e acho que a lua nova não poderia ter mais motivos para sorrir.
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