Nada nada tem o que se pareça nada, nada tem a ver comigo nada, nada para fora de mim nada para dentro. Nada que quer sair sai nadando a não ser que se cuspa na água. Nada, na verdade se expele. A vontade maior de dizer algo nada em ciclos. nada que dá voltas. Nada que engana dura pouco. Como nada que se acende se apaga a não ser que se jogue tempo a não ser que se jogue água nada faz nada Nanda nunca fez nada nada fer nada nada fernanda nada, Fernanda nada para longe.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Nada tem a ver com ela
domingo, 26 de agosto de 2012
6o sentido
Eu vejo poemas mortos.
não sei bem se mortos, diria
que alguns ainda nem nasceram.
Eles me olham, me fintam
analisam meu caminhar (torto e desajeitado)
alguns vão comigo pra todo lado, outros, aparecem-me
e tiram a roupa e se exibem inteiras num breve instante...
Por isso não leio, não escrevo
estão cá comigo os poemas, (um me observa
por sobre o ombro, enquanto derramo essas linhas natimortas).
E às vezes eu falo por eles...
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
terça-feira, 14 de agosto de 2012
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
porta-retrato
meu vô era ilustrador.
já bem velhinho, me dizia
"a vida é a única folha em
branco de que dispomos..."
hoje longe, muitas léguas
nos separam no tempo,
mesmo assim respondo:
"não gostou, vô? usa o verso"
Logo mais no jornal da noite
Prometeu foi levado
algemado para delegacia
quem prendeu foi o delegado,
que encontrou no bolso do criminoso
um isqueiro, que havia roubado, ali do lado
na padaria...
- Por isso, Prometeu, por um isqueiro, foste acorrentado?
(Poema em 7 pavimentos)
A letra maiúscula
se ergue aos céus
parabólica, tão
mundana. O pon-
to final, se não
me engano, é
umapedranotérreo .
domingo, 5 de agosto de 2012
Brabuletas no meu jardim
(tudo é pouco)
Querer é pouco, tem que fazer.
Fazer é pouco, tem que lutar.
Lutar é pouco, tem que ganhar.
Ganhar é pouco, tem que adorar.
Adorar é pouco, tem que largar...
Mas em não dando certo, não hesite em tentar de novo de novo de...
Eterno Retorno
Deus é poeta
Mas nem sempre foi
Primeiro, ele fez as formigas
Depois, as abelhas, que fizeram o mel
Feito poeta, ensinou a uns homens aí
Que descobriram o mel
E reinventaram a poesia
Deus foi poeta
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Astrologia
(mentiras sinceras)
pés no chão e pé na terra
vai subindo pelas canelas
coxas partes umbigo, vai
subindo ombros pescoço rosto
e os braços continuam, dedos
podem apontar todas as estrelas
assim diz o meu mapa astral:
–> você está aqui <–
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Avenida Atlântica
(para Carlos Drummond)
O tráfego, que em ondas vem
e carrega consigo uma névoa
escurecida, porém,
também faz um ruído
impossível de se abafar...
foi por que mesmo, poeta, que nós trocamos de mar?
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